2007/10/17

É impressão minha...

... ou, desde que o Eixo Norte-Sul passou a funcionar em pleno, o trânsito em Telheiras deixou de ser o que era?...

2007/10/02

Dos limites de velocidade

O aumento dos limites de velocidade nos troços «tipo via rápida» sujeitos a vigilância por radar vai ser discutido hoje na primeira reunião da comissão para avaliação do sistema de radares de Lisboa. Em resumo, os que defendem o aumento da velocidade máxima de 50 para 80 km/h sustentam a sua pretensão no facto de haver vias com duas ou mais faixas de rodagem em cada sentido, separador central e passagens superiores de peões.
Na cidade assumo duas naturezas, a de peão e a de automobilista, sendo que (julgo) isso me permite abordar a questão com suficiente isenção (mais a mais, nas minhas deslocações pendulares apenas posso usar o meu carro). Assim, creio que o aumento dos limites de velocidade é um erro monumental. E julgo que o erro dos "velocistas" nasce de uma confusão que os "caracóis" não souberam nem conseguiram desfazer, ora vejamos:

  1. O facto de numa via existir mais que uma faixa de rodagem em cada sentido, significa tão somente que se pretende que passe mais que um carro ao mesmo tempo, e não que se circule mais depressa. Pretende-se assim maior fluidez na circulação e não mais velocidade;

  2. O facto de numa via existir um separador central, significa tão somente que, ou se entendeu que se trata de um troço com propensão para as colisões frontais, ou se pretendeu colocar vegetação para embelezar a via, ou ainda que se pretendeu facilitar a circulação de peões e evitar a inversão do sentido de marcha. Não se pode retirar que tal sirva apenas para proporcionar uma maior velocidade;

  3. Quanto à existência de passagens superiores para peões a coisa fia mais fino... É que a existência desse tipo de passagens significa a Cidade entende que, entre um peão e um automóvel, o esforço de atravessamento deve ser maior do lado do peão. Se a passagem superior é pedonal, isso significa que para atravessar uma estrada, o peão deverá percorrer uma distância quase sete vezes superior à da largura daquela (veja-se a imagem infra, da segunda circular na zona de Telheiras). Assim, a existência de passagens superior deveria ser simplesmente combatida (pela inclusão de limites de velocidade mais reduzidos, de lombas, de semáforos, de rotundas...) e não ser utilizada como argumento para criar mais muros para os peões...